Acabei de ler Manara Kamasutra, do italiano Milo Manara.
A capa dá uma idéia do teor e sinceramente acho desnecessária a colocação de círculos negros para ocultar as partes íntimas dos personagens.
No entanto, o que me fez abordar esta obra consagrada mundialmente desde a primeira edição, na década de 90, é o teor de imagens fortes e declaradamente sexuais.
Desenhos qualitativos, narrativa criativa associada ao Kamasutra e diversos fatores, levaram autor e obra para um patamar respeitável na crítica mundial e também perante os leitores.
Por outro lado, já que estamos no Cafofo da Katita, quero mostrar o quanto existem dois pesos e duas medidas, quando o assunto é homossexualidade.
A personagem Katita possui álbum, gibi e revista.
Cada lançamento é recheado de polêmica, mesmo sem haver sequer uma página da personagem, com ilustração ou tira mostrando o ato sexual em si, como na publicação citada acima.
Um simples imagem de um homem sendo levado na bandeja, pode gerar desconforto e críticas.
Esta ilustração está na revista O Preconceito é Um Dragão e é apenas um exemplo para mostrar o quanto um trabalho voltado para a homossexualidade feminina incomoda.
A Katita não é personagem erótica e sua linguagem não expressa sacanagem ou baixaria mas infelizmente existe uma visão distorcida referente a um assunto que ela encara de frente.